Henry,
Eu quero te cantar um samba.
não é um samba de carnaval, onde vc encontra respaldo para sua fúria.
Que quer se deitar na noite e levantar só quando não houver mais opção.
Não! meu samba é pra comemorar a sua dor. Pra exaltar a sua raiva, para alimentar a sua mágoa, pra ferir seu carnaval.
Henry,
Henry,
Henry,
Meus dias de glória se vão se voce amanhece num cartão postal.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
Macabéia,
Minha estrela também nao existiu.
Como sao as mulheres do carro da frente?
Que partiram em você a sua melancolia.
A angústia que você viveu sem reconhecer.
Macabéia,
Eu sou como você!
Eu nao tenho tido tantos sonhos.
Nem tantos dias assim.
Tenho pensado em voltar
A um lugar que nao é meu.
Macabéia, o Rio de Janeiro te deu
Tudo aquilo que vejo nas ruas de São Paulo.
Então pensei em mudar os ares, em bons ares.
Macabéia,
Eu vi como você nao soube dos seus dias bons.
Você não foi a única.
Que angústia me coloca aqui, Macabéia?
Por que não posso ser também a morte livre?
Talvez seja o caminho melhor e mais interessante.
Ah, minha querida,
Como não teriam sido nossos dias juntos?
Em bares de café solitários,
Eu te amaria, Macabéia.
Minha estrela também nao existiu.
Como sao as mulheres do carro da frente?
Que partiram em você a sua melancolia.
A angústia que você viveu sem reconhecer.
Macabéia,
Eu sou como você!
Eu nao tenho tido tantos sonhos.
Nem tantos dias assim.
Tenho pensado em voltar
A um lugar que nao é meu.
Macabéia, o Rio de Janeiro te deu
Tudo aquilo que vejo nas ruas de São Paulo.
Então pensei em mudar os ares, em bons ares.
Macabéia,
Eu vi como você nao soube dos seus dias bons.
Você não foi a única.
Que angústia me coloca aqui, Macabéia?
Por que não posso ser também a morte livre?
Talvez seja o caminho melhor e mais interessante.
Ah, minha querida,
Como não teriam sido nossos dias juntos?
Em bares de café solitários,
Eu te amaria, Macabéia.
segunda-feira, 29 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
Nasci do ontem, do inverno retrasado, passado do retrasado do seu passo. Minha memória trouxe clara a lembrança da minha fala quando encontrei meu corpo caído ao chão. Corpo que via com seus olhos, que andava com suas pernas, mas que também era eu. Ser eu sozinho, não consigo nessa ilha de pensamento escuro, escondido no volume das vozes, dos carros que correm, do meu espaço confuso e apertado e estranho e calado, embora barulhento. Eu entendo a sua gritaria me pedindo calma ao falar de vida. Eu entendo a sua pressa quando me pede, em um instante em que a vida te interessa, que eu tenha a gentileza de te dar passagem de primeira viagem ao inferno que me espera, embora eu chore, embora eu peça, embora eu implore, eu retruque. Eu morri na cadeira que faltou, que se escondeu, que morreu na luta do inverno em que eu nasci e nasceu também o filho seu. Eu cantei poemas retirados, músicas mal traduzidas, folhas secas de árvores escondidas nos meios da sua bíblia. Eu fugi dali. Eu fugi de onde a gente combinou se encontrar na tarde de verão de 52° de alguma cidade escondida no Brasil. Eu fui sozinho ao encontro do Deus, da Deus, de Deus. Eu me perdi na escuridão que a falta da sua memória me deu.
domingo, 14 de março de 2010
Noites de vida de sonho...com frequencia desmaio na rua. Mas ainda ando. Você me aborda com dúvidas do cotidiano, e não repara que eu não falo, que eu não ouço...e sai em direção ao vazio completo, resmungando algo sobre mim. Mas é só porque eu não grito, é só porque eu não morro que você não repara que estou nos cantos, nos vãos, nos mofos...
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